segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Gênesis

Há milhares de Anos houve um acordo poderoso e mal contado...
O Verbo Criar, Líder de tudo, havia então se separado...
E Criou os Anjos e Reinos
Sentado em seu trono, ele via e era todos
Maldita Monotonia! Tudo era como devia Ser!
Criou a Lei para o Divino: Nada do que se fizesse, poderia ser desfeito
O Verbo Viu o que agora poderia fazer

E em uma Grande Explosão, Fez-se o Caos!
E Surgiu o primeiro Deus filho do Verbo: O Tempo
E o Verbo Criou a Poeira das Estrelas!
Surgiram Planetas, Sistemas, Constelações e Astros
Deuses e Deusas reinavam no novo espaço
O Verbo Criara tudo e era agora com Opções
E Decidiu fazer a maior de todas as ações

o Verbo se Dividiu Em Positivo e Negativo
A Luz se dividira em dois amigos
Senhor da Luz e o Portador da Luz assumiram
Mas dois de uma mesma coisa não causava impacto
Pensaram, e firmaram então um pacto
Senhor da Luz Reinaria o que Bem passaria a se chamar
E o Portador, seria das Trevas, o mal, para se oposicionar

O Verbo era os dois seres
Que também se dividiram em vários outros
Para o Bem e para o Mal haviam Deuses
Mas a brincadeira enjoativa se tornou
Passara tanto tempo em divisão
E agora havia no Elíseos uma superpopulação
Um outro mundo foi a proxima Criação!

A Deusa Gaia cedera a Barriga para o Ato
Urano Se uniu com Oceanus para concluir a criação
Surgiu a Terra, do Elíseos: Imagem e Perfeição
O Verbo deu o toque final clássico
Surgiu a Homanidade, que era Deuses em Evolução
O Verbo, sem corpo ou sexo viu a divisão
O Sexo que os Deuses criaram, e viu que era Bom!

O Verbo foi a Grande Deusa e o Grande Deus
Senhores do Bem e da Libertação
A Parte Trevas foi a Morte dos homens
A Luz foi a reencarnação na Terra do Verão
O Grande Espírito do Verbo Pairava
O Homem podia escolher de que lado ficava
Sempre lembrando que tudo que escolhesse, pra ele voltava

E Hoje os Deuses estão vivos e modernos apenas em observação
Os Mais antigos Descansam no Elíseos a espera de algo Novo
Cansaram de ver Outono virar primavera, todo ano, o milenio todo
E Na Sala da Terceira Energia está o Grande Jogo
Onde Bem e Mal disputam o caloroso Xadrez do Poder
Posto sobre a Terra, brincam pra se entreter
Até o Momento que Gaia novamente morrer para renascer!

Raul Nuit Lino

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Entre a Cruz e a Espada

O suor escorrendo o rosto...o passo rápido que perde velocidade, por causa do cansaço e dos ferimentos...
A Armadura pesa-lhe nos ossos, o corpo embora forte, não se sustenta com facilidade, o escudo pesa-lhe o braço esquerdo, que balança apenas por causa do vento...o direito faz força para impulcionar o corpo para a frente cada vez mais...
O cabelo molhado, grudado na face misturando-se a barba, o suor escorre-lhe a testa e os olhos ardem...A espada no cinturão atrasa seu passo, mas é necessária
O Elmo ? Perdera, espatifado pelos campos frios...A Neblina reina sob a floresta, e o vento frio arde em suas feridas...
Fora ele o mais fiel dos cavaleiros, protetor de segredos sagrados, e fora condenado por crime mortal: Soube mais do que devia!
Viu seus irmãos morrerem nas chamas, e seu mestre orar enquanto sua carne era substituida por cinzas futuras...
A Cruz em seu peito ja não era mais o vermelho da vitalidade, e da energia...agora era o vermelho sangue dos crimes que cometera ao acreditar que teria o paraíso em troca de almas sacrificadas na Cidade Sagrada.
Que amor tivera ele ? Mal pode desfrutar de seu casamento...Sua jovem Noiva, noites o esperara para poderem ter o final "Feliz para Sempre", mas esse conto não é de fadas...e os finais também não são Felizes...
Quantas noites sonhou em poder tocar sua amada? Quantas noites pedindo aos céus um momento de paz? Quando o conseguira?! Quando fora condenado a Morte... E agora carregava em seus lábios o peso de um amor que não pode viver...
Cansado...os joelhos se dobram involuntariamente e ele cai sobre a grama molhada pelo orvalho... Que paz reinava naquele local! Porque não pudera ter o destino dos animais que lá viviam ?
Ali longe dos homens...em paz nasciam, viviam, acasalavam-se e morriam por final...
Que faria agora? Fugira por entre os esgotos da velha cidade, e agora estava bem longe...mas sobreviveria? Para que sobreviveria?
Não havia motivos...
Deitara no solo, sentia os odores noturnos: flores exalavam uma fragrância sem igual
Os grilos cricrilavam, a cachoeira mais a frente soltava um som agradável...
O sangue escorria por entre a malha de ferro de sua roupa...
Deitado, com os olhos fechados...pudera então ter alguns poucos momentos de paz...os ultimos momentos...Porém...Em Paz!

Raul Nuit Lino